segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Síndrome do Atraso Político

Uma nova doença ataca alguns políticos.



Ao longo da História, o ser humano foi continuamente desafiado pelo surgimento de poderosas doenças. Em épocas diversas, grande parte da população foi dizimada por moléstias como a peste negra, gripe espanhola, e, mais recentemente, a AIDS.


Estamos agora diante de um novo desafio, particularmente aqui no Brasil. Surgiu uma doença muito peculiar: ela se disseminou pelas células do país, os municípios. Neles está afetando poucas pessoas, mas seus efeitos repercutem em toda a sociedade. Alguns políticos, assim como seus seguidores, estão contaminados pela Síndrome do Atraso Político. 

Ainda não descobrimos qual seu agente etiológico, ou seja, se é causada por vírus ou bactérias. Contudo, conhecemos alguns de seus sintomas: basicamente causa alterações comportamentais e inflama o egocentrismo das pessoas acometidas. 

Estas pessoas ficam tão obcecadas em defender o seu grupo político, seja de situação ou oposição, que terminam não enxergando a destruição contínua das instituições municipais, seja o Executivo ou o Legislativo. O embate de interesses entre os poderes chega a ser quase irracional.

Como resultado desta guerra, projetos importantes para as cidades podem deixar de ser votados ou serem boicotados. Continuarão os esgotos a céu aberto, o trânsito caótico, as crianças pedintes nos semáforos, a falta de merenda escolar, o caos na saúde, o lixo acumulado,  dentre tantos problemas cada vez mais sem soluções.

Esta desarmonia entre os poderes pode até afugentar os investimentos privados, pois alguns empresários, além de visarem ao lucro, também valorizam a solidez das instituições públicas como garantia para a instalação de seus empreendimentos.

Difícil encontrar um tratamento para os acometidos pela Síndrome do Atraso Político. Poderíamos pedir ajuda aos americanos, pois parece que eles possuem uma vacina. Lá também existem grandes embates de ideias; porém, quando o resultado das urnas é computado, todos se unem em torno do desenvolvimento do seu país.

Mas como todo doente busca a sua cura, ainda há tempo dos políticos se redimirem. Esperamos que façam um exame de consciência e pensem realmente em prol da população, de modo que o homem simples, de norte a sul do país, do Oiapoque ao Chuí, tenha orgulho de seu voto.

Precisamos investir nas novas gerações, ensinando os princípios da cidadania, onde o bem coletivo promoverá o bem individual. Só assim nossos filhos adquirirão os anticorpos contra a Síndrome do Atraso Político!

Paulo Leonardo Celestino

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