Teremos que conviver com a insegurança?

Juazeiro do Norte e o Cariri têm acompanhado todo o crescimento econômico do país nestes últimos anos. Faculdades, shoppings, restaurantes sofisticados, prédios imponentes vão modificando a paisagem provinciana para um aspecto metropolitano. Um desenvolvimento que enche de orgulho a sua população.

Contudo, aliados aos benefícios do crescimento urbano, estão vindo no “pacote” grandes males observados em praticamente todas as metrópoles brasileiras. Dentre alguns, podemos citar a sujeira, o trânsito caótico, e, principalmente, a insegurança.

Assassinatos, roubos e agressões corporais estão se tornando rotina no noticiário local. O juazeirense está sendo surpreendido pelas ações da bandidagem. Nem os tradicionais locais públicos são poupados.

Recentemente fomos obrigados a assistir atônitos a um duplo assassinato em plena Praça Feijó de Sá. Agora acordamos e ficamos estarrecidos com a notícia de um arrastão promovido por assaltantes num restaurante próximo ao limite entre Juazeiro e Barbalha.

Não poderemos mais passear à noite com nossas famílias? Teremos que nos acostumar a receber um revólver na cabeça enquanto estamos num momento de lazer?

E por que acontece esta escalada da insegurança? As condições de vida da população estão melhorando. O Brasil agora oferece mais emprego e mais acesso à educação. Claro que o nível do ensino público ainda não é o ideal, mas vem avançando. Seria o tráfico de drogas? Ou a ganância por dinheiro fácil?

De certo apenas sabemos que as recentes políticas de segurança, como o Ronda do Quarteirão, não têm inibido a ousadia dos bandidos. O que fazer? Mais viaturas, mais delegacias? Deixemos a resposta somente para nossos gestores? O debate por soluções é longo e deve envolver todos os segmentos da sociedade. Infelizmente o crime está banalizado, o valor material é sempre colocado como prioridade. Devemos resgatar em nossas crianças o valor da vida! Os valores morais e da família!

Dr. Paulo Leonardo Celestino

Cirugião-dentista